O que o povo tá achando do filme da Madame Teia?
A gente ainda não viu. E provavelmente vamos esperar chegar no streaming. Mas uma galera por aí já assistiu e conta o que achou.
Por THIAGO CARDIM
Pois então que o filme da Madame Teia chegou aos cinemas. Assim, talvez você nem saiba que tinha um filme da Madame Teia sendo produzido. Aliás, talvez você nem sequer saiba quem diabos é a Madame Teia. Mas a gente te conta – no caso, é uma coadjuvante BEM coadjuvante dos gibis do Homem-Aranha, que a Sony resolveu transformar em filme porque, afinal, eles têm os direitos cinematográficos de tudo e todos relacionados ao Teioso e acham que basta colocar o símbolo da Marvel pra encher os bolsos de dinheiro (spoiler: não adianta). No caso, tamos falando de uma velhinha com poderes de prever o futuro… mas que aqui, na versão filme, se tornou a Dakota Johnson, numa história misturando três diferentes mulheres-aranha, o tio e os pais do Peter Parker, o Ezekiel do mundinho dos poderes totêmicos (nem pergunte).
Como não tivemos a chance de assistir ao filme na exibição pra imprensa (dona Sony esqueceu da gente…), fomos atrás do que nossos coleguinhas jornalistas acharam da parada, o primeiro filme para o cinema de S.J. Clarkson (que fez sucesso na TV dirigindo episódios de produções como a série da Jessica Jones). No geral, a turma odiou. Alguns poucos gostaram. E outros pouquíssimos só acharam absolutamente inofensivo. Sugerimos que você leia a íntegra dos textos cujos comentários selecionados achar mais pertinentes. Só que, óbvio, se achar que faz sentido, vai lá assistir ao filme e tire suas próprias conclusões. Ou faça como a gente e espere chegar no streaming.
Agora, vejam vocês, podia ser pior. Podia ser uma adaptação da Saga do Clone. Ou uma continuação do Morbius.
Aguardemos o filme do Kraven.
—
Com elementos descaradamente copiados de filmes como “Doutor Estranho” ou “Highlander – O Guerreiro Imortal” (em especial no fim), Madame Teia pode até fazer sucesso e gerar sequências. Mas precisa melhorar.
G1
—
Madame Teia é um caso silencioso – não totalmente terrível, mas certamente não é bom, nem inerte nem tão digno de meme quanto se esperava. É um filme estranho cuja existência torturada é o que há de mais convincente nele.
VANITY FAIR
—
Aqui podemos encontrar um filme de herói para quem não gosta tanto de filmes de herói. Por outro lado, o roteiro desenvolve pouco partes fundamentais e que deixariam a trama mais densa. O longa-metragem apostou todas as fichas em uma protagonista forte, mas não trouxe um vilão a altura para acompanhar e entregou um embate desinteressante.
IGN
—
Nestes tempos saturados de filmes de quadrinhos, Madame Web tem um ritmo alegremente divertido, o que ajuda a torná-lo uma sessão mais agradável do que alguns dos filmes super sérios do fim do mundo que frequentemente vemos.
ROGEREBERT.COM
—
Não senti que Madame Teia é aquele tipo de porcaria que deixa a gente com vontade de gritar na cara do funcionário que abre a porta da sala. Afinal, ele não tem o Jared Leto, o que já é sempre um ponto positivo para qualquer obra cinematográfica. Mas ser melhor do que Morbius também não é nenhuma grande conquista.
DELFOS
—
Madame Teia é chato, sem imaginação e datado, apesar de ser um dos poucos filmes de super-heróis centrados em super-heroínas. Resumindo, Madame Teia é um filme de super-herói que você pode ignorar.
SCREEN RANT
—
Acredite: mesmo com o fio de mitologia da personagem das HQs como base, Clarkson conduz Madame Teia como uma história convidativa e até divertida. Sem grandes pretensões, mas honesta — um resultado mais proveitoso que o que o MCU obteve nos últimos anos com sua mania de grandiosidade sem propósito.
OMELETE
—
Um cheiro inofensivo e quase cativante de um filme que tem a infelicidade de chegar em um momento em que o gênero de super-heróis quase retornou aos níveis de popularidade pré-MCU, esse desastre é hilariantemente retrógrado para uma história sobre alguém que descobre que pode ver alguns segundos no futuro.
INDIEWIRE
—
Em vez de trabalhar para propriamente apresentar a personagem para o grande público, o longa vai para outro caminho e não se sustenta com a história que quer/precisa ser contada agora. É como se alguém falasse, em algum escritório da ensolarada Los Angeles: Vamos plantar essa semente, e quem sabe, lá no futuro, usar para fazer a personagem unir todos os universos da Sony e de personagens. Vai acontecer? Não sei, assista esse e quem sabe.
ARROBA NERD
—
Com base em Madame Teia, no entanto, o Universo do Homem-Aranha da Sony está agora completamente sem vida – e não precisa ser ressuscitado.
THE DAILY BEAST
—
Além de estar muito abaixo até dos piores exemplos recentes, este aqui é um filme que, mesmo interessado em apresentar novos personagens, se embaralha com as próprias pernas, sem precisar de um empurrão do desgaste deste formato.
CHIPPU
—
Madame Teia trava enquanto fica atolado em cena após cena de personagens, bons e ruins, explicando suas origens, problemas e desejos.
SLANT MAGAZINE
—
Madame Teia entrega aquele clichezão dos filmes de super-herói que vem sendo usado à exaustão nas últimas décadas: aventura, drama pessoal, superpoderes imbatíveis, um vilão simples e pouco coeso e efeitos especiais duvidosos aos montes.
CINEPOP
—
Madame Teia não é um blockbuster, mas à sua maneira silenciosa consegue quebrar algumas barreiras.
WASHINGTON POST
—
Todos se perguntam se o próximo filme será um Venom, divertido apesar dos problemas, ou um Morbius, uma completa bagunça. Sem apego algum aos moldes dos filmes de herói, Madame Teia se encaixa confortavelmente no meio de seus irmãos — meio bagunçado, meio divertido, mas com um carisma incontestável.
LEGIÃO DOS SUPER-HERÓIS
—
Madame Teia está sobrecarregado com muitos tópicos e não é divertido o suficiente. Ainda assim, poderia ser pior. Poderia ser Morbius.
MASHABLE
—
Madame Teia nunca alcançaria os filmes dos Vingadores, de conceito relativamente alto, feitos pela Disney… Mas adivinhe? Os ingressos ainda custam tanto quanto custariam para um filme mais canônico da Marvel. Então, por que se contentar com a imitação?
VARIETY
—
Cada decisão em Madame Teia parece tomada por um grupo de adolescentes que não faz a menor ideia em como construir um filme. São diálogos permeados pela pior pseudociência, proferidos por personagens pessimamente construídos, envolvidos em situações guiadas pelo acaso e por um roteiro indigente. Se a suspensão da descrença é vital para embarcar em uma fantasia, a coisa aqui passa do limite do ridículo.
UOL
—
Há algo doentiamente convincente sobre o quão desarticulada e completamente incompetente Madame Web é.
THE GUARDIAN
—
É um empreendimento abafado e afetado, impulsionado por um roteiro mecânico. Sua falta de imaginação seria surpreendente se não fosse tão esperada.
HOLLYWOOD REPORTER
—
Se Cassie na história aprende que o futuro não é definido, Madame Teia está bem conformado em seguir em direção ao precipício.
FOLHA DE S.PAULO
—
É o Cats dos filmes de super-heróis. Nem uma única decisão parece sensata. Nem uma única performance parece sincronizada com o material.
ROLLING STONE