Álbuns de 2024 que você AINDA tem que ouvir
Tem música pra todos os gostos, para todos os momentos do dia (e da noite), para quaisquer sensos de humor… Porque o que vale na vida é música BOA! 😀
Por THIAGO CARDIM
Isso não é um ranking. É sempre bom repetir isso, pra evitar que alguém pense que é meu top 10, 15, 20, qualquer coisa assim. Mas simplesmente um listão de diversos discos incríveis que escutei ao longo do ano que recentemente se encerrou – e que eu acho DEMAIS que você também deveria ter ouvido. Só que tudo bem, música boa não tem prazo de validade, escuta aí que tem horas e mais horas de material de qualidade para fazer a sua cabeça e os seus quadris.
“Ah, mas faltou…”. Não, não faltou nada. São as MINHAS escolhas e, portanto, se não coloquei aquele disco que você curtiu tanto, foi por uma razão MINHA. Gostou, legal, não gostou, os comentários tão lá no final pra você dizer quais foram os SEUS favoritos. Legal Bacana demais, né. Impossível eu ter ouvido todos os discos lançados no ano, mas foram quase 200, então sei bem o que me agradou mais e o que me agradou menos.
Em tempo: se você quer acompanhar um pouco dos discos que vou ouvindo ao longo de 2025, é simples. Ou siga o meu painel lá no Pinterest ou então a minha playlist só com as melhores músicas dos discos de inéditas que vou escutando lá no Spotify.
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Lampião Rei (Papangu)
Imagina o jazz experimental cheio de brasilidade de Hermeto Pascoal flertando com a sofisticação sonora do rock progressivo e o peso do metal, para contar a história do rei do cangaço entre o real e o imaginário. Este é o resultado de um dos melhores discos lançados em 2024.
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Perpétuo (Black Pantera)
Se tiver que ouvir UM disco esta semana, que seja o novo do Black Pantera. A banda se reinventa – e, sem perder o peso, traz novas referências pra temperar o seu thrash+punk, com rap, groove e até baião. As letras são ainda mais cirúrgicas e explosivas.
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CAJU (Liniker)
Um dos discos mais lindos que ouvi no ano, na moral. Que álbum classudo, elegante, moderno, emocionante e sensual. Chega até a flertar com o jazz em certos momentos. E as letras falam de amor, de paixão, de forma sinestésica e sem qualquer traço de obviedade.
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Silver Romance (Freedom Call)
Ouvir este disco me deixou MUITO feliz. Sério. Metal espadinha leve, gostoso, divertido, ensolarado, alegre. Um monte de refrões fáceis, pra sair cantando junto. Sem cara de malvado, sem rosnados. Apenas e tão somente uma happy metal party. AMAY.
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Happiness Bastards (The Black Crowes)
Porra, mas que DISCAÇO, na moral. Rock distorcido, guitarrinha sacana, bebendo MUITO no blues, com um gostinho retrô mas sem usar isso como muleta. Os caras voltaram com sangue nozóio!
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Labirinto da Memória (Dead Fish)
Um verdadeiro documento da banda a respeito do atual momento em que vivemos, sobre não aprender e não cuidar das cicatrizes ainda abertas do passado – e que pode TRANQUILAMENTE ser escutado logo depois que você voltar do cinema pra assistir “Ainda Estou Aqui”.
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Absolute Elsewhere (Blood Incantation)
Se você tem dificuldade em lidar com as dissonâncias experimentais do Meshuggah, vai querer passar longe destes americanos. É death metal que conversa com o progressivo anos 1970 de um Yes da vida, ao mesmo tempo que caminha pro lado jazzístico da coisa.
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From Zero (Linkin Park) > saiba mais lendo aqui!
Um recomeço, claro, mas deixando claro que este é o Linkin Park. Ainda que seja um NOVO Linkin Park, ainda é aquele Linkin Park que fez a cabeça de toda uma molecada hoje com seus trinta e poucos anos – e começa a pavimentar uma nova geração de fãs mais jovens.
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Milton + Esperanza (Milton Nascimento + Esperanza Spalding)
Que disco lindo, classudo e, ainda assim, com um coração do tamanho do mundo. Casamento cheio de emoção entre jazz e MPB, com uma série de experimentações e improvisações que chegam a soar como uma jam na sala de casa.
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Wake Up The Wicked (Powerwolf) > saiba mais lendo aqui!
Um álbum que não apenas consolida o seu papel no topo do Olimpo do metal melódico como eleva muitos graus o que se pode esperar do Powerwolf. Estamos falando da mais pura e simples extravagância sonora, com órgãos ainda mais proeminentes e camadas de corais religiosos entre o doce e o tétrico, além de uma coleção de refrões soberbamente mais ganchudos e irresistíveis.
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You Won’t Go Before You’re Supposed (Knocked Loose)
Querido metaleiro tiozão, de um banger grisalho pro outro, fica aqui a dica: deixe seus preconceitos imbecis de lado e escute aquele que é um dos melhores álbuns de porradaria do ano, sem exagero algum. Uma verdadeira aula de fúria.
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The Last Will and Testament (Opeth)
Dizer só que os caras voltaram a usar vocais guturais, sem contexto, pode passar a impressão equivocada de que eles voltaram a soar como no passado. Longe disso. O álbum continua trazendo a complexidade de texturas musicais que virou característica deles.
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No Obligation (The Linda Lindas)
Este é, de verdade, um disco BEM punk rock. E não só na sonoridade, mas por ter a atitude e principalmente por SUBVERTER as “regras” do gênero, por se permitir bem mais do que muita gente esperaria destas garotas. Sem obrigação nenhuma. Ainda bem.
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Bagaceira (Dona Onete)
Essa mulher é TUDO de bom! Mais uma vez, traz um daqueles discos que misturam ritmos dançantes do Norte, letras do mais puro coração rasgado (com um belo tempero de tesão) e uma lindíssima exaltação ao estilo de vida do Pará. Verdadeira força da natureza.
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Falha Crítica (Surra)
Orgulho da #Familia013, este trio continua furiosamente sensacional, sem fazer concessões, com uma sonoridade crossover que jamais deixa de lado o olhar mais crítico nas letras, uma bicuda na cara da família tradicional brasileira.
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Acoustic – Live At Ópera de Arame (Angra)
Eu tinha um baita pé atrás com esta ideia, mas tenho que reconhecer que o resultado ficou INCRÍVEL. O formato acústico inclusive ressalta muitas das influências regionais da banda, acrescentando violões que soam como violas caipiras – e isso é LINDO.
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A Fortress Called Home (Seven Spires)
Banda liderada por Adrienne Cowan, voz de apoio do Avantasia ao vivo. Disco lindíssimo, que cria uma costura perfeita entre um power metal mais sombrio (tipo Kamelot) e sons mais extremos. E a voz dela, do limpo ao gutural, é bem versátil.
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Serenata da GG (Gloria Groove)
Uma seleção deliciosa de pagodinhos e pagodões que mexem o sapatinho e arrasam o coração, com a interpretação brilhante e empolgante de uma das artistas mais interessantes e criativas do nosso atual cenário pop brasileiro. Sou fã!
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Witch Club Satan (Witch Club Satan)
Tá querendo ouvir black metal norueguês satânico bem raiz e fugir dos aspirantes a fascistas? Pois toma aqui um trio de minas que fazem este tipo de som cheio de sangue e blasfêmia, só que com letras numa pegada de feminismo e bruxaria.
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Post Human: Nex Gen (Bring Me The Horizon)
Se você é um metaleiro old-school que odeia qualquer coisa lançada depois de 1990, tá perdendo uma das melhores bandas deste cenário contemporâneo. Aqui, eles costuram lindamente metalcore, nu metal, pop, eletrônico… E muito PESO.
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E pra encerrar, caso estejas interessadim, tem mais de 700 músicas e mais de 24h de audição nesta playlist, só com as faixas que mais curti de todos os muitos discos que ouvi em 2024. Mete o play e divirta-se!