Eles ficaram de fora do Artists’ Valley da CCXP 2024
Mantivemos a tradição e demos um pouquinho de visibilidade para alguns artistas que não foram aprovados para o coração do maior evento de cultura pop do mundo
Por THIAGO CARDIM
Chegou aquele momento do ano em que os quadrinistas se reúnem em peso para o seu tiro de canhão definitivo: a CCXP e, com ela, o Artists’ Valley, coração do que hoje é o maior – em termos de escala, pelo menos – evento de cultura pop do planeta.
São mais de 350 mesas, quase 600 artistas, cerca de 280 mil pessoas circulando em cinco dias de evento. É o maior investimento financeiro anual para a turma dos gibis, uma espécie de encontrão do setor misturado com pesadelo logístico (em especial pra quem vem de fora de São Paulo), mas que obviamente não está aberto para todo mundo. Porque, sim, temos uma quantidade limitada de mesas. Portanto, estamos falando de um espaço que tem aprovados… e reprovados.
Todo ano, a gente posta nas nossas redes sociais uma convocatória para tentar abrir espaço aqui pra falar um pouco da turma que infelizmente não conseguiu a vaga na Vila dos Artistas. Tomara que isso ajude a dar um tantinho de visibilidade pra vocês, gente querida. É o que conseguimos fazer.
Por enquanto. 😉
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FRED HILDEBRAND
Quadrinista, ilustrador e professor de mangá oriundo da cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Os primeiros trabalhos que desenhou foram a HQ Independente “Patre Primordium” e também “Nanquim Descartável” – uma série de histórias fechadas sobre duas amigas que fazem gibis.
De 2020 para cá, Fred participou da antologia “Baile de Máscaras”, com tramas voltadas para ações sociais em decorrência da Covid-19, além de desenhar 3 edições do título “Os Desviantes“, da Editora Universo Guará.
Hoje em dia, ele desenha as tirinhas do “Homem-Grilo“, clássica criação de Cadu Simões; as histórias de suspense celestial “Victor Morningtar” (seu primeiro trabalho 100% autoral); e a sua ficção científica independente “Spaceshit“, publicada no site de gibis online Fliptru, sobre uma caçadora de recompensas espaciais.
Para saber mais a respeito dos trabalhos dele, acesse o perfil do artista no Instagram.
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MAYARA LISTA
Carioca, ela é formada em Comunicação Visual Design pela EBA/UFRJ e estudou ilustração por um ano na Kingston University, Londres. Em 2023, se tornou Mestra em Design pela PUC-Rio com uma pesquisa sobre história em quadrinhos. Atualmente atuando como ilustradora freelance, chegou a participar, ilustrando cenários, de algumas produções animadas do Copa Studio, como “Ico Bit Zip”, “Irmão do Jorel” e o filme longa-metragem de “Tromba Trem”.
Especificamente no mundo dos gibis, ela foi autora das HQs “Naruna” (2018), sobre uma escultora de carrancas; “Espuma” (2022), contando a história de uma menina que se perde da mãe na praia; “Pequenina” (2022), a respeito dos limites da amizade de duas meninas; e a recém-lançada “Gosto Ruim” (2024), que versa sobre a paixão de uma garota de 13 anos por seu melhor amigo.
Em 2023, ela foi indicada ao HQ Mix na categoria “novo talento roteirista”.
Para saber mais a respeito dos trabalhos dela, acesse o perfil da artista no Instagram.
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MAIC LEE
Ilustrador diretamente da Zona Leste de São Paulo, que se opõe fortemente ao uso de inteligência artificial em seu trabalho (e, bom, a gente aqui também concorda com isso, né). Além de trabalhos que, claro, flertam com o mundinho nerd – tal qual uma série recente de ilustras com personagens de Senhor dos Anéis – ele também entra de cabeça no universo do ROQUE.
Mas calma. Não tamos falando de um ROCKISTA.
Sim, ele é participante-colaborador do Emoções Misturam Ovos, aka E.M.O., o projeto de podcast do Pablo Sarmento sobre… ué, sobre o emo e como o estilo ainda influencia o cenário musical até os dias de hoje. E também é ilustrador de alguns lançamentos do nosso querido Caio Gaona, o popular Geek Batera.
Para saber mais a respeito dos trabalhos dele, acesse o perfil do artista no Instagram.