15 discos que você deveria ter ouvido em 2023
Porque um ano acabou. Mas tem outro novo inteirinho começando – e dá tempo não só de curtir as novidades que chegam, mas também aquelas obras que eventualmente fugiram do seu radar. Vem que só tem filé! <3
Por THIAGO CARDIM
Chegou então aquele momento. Aquele que tem todo ano. Aquele que a gente adora. Mas aquele que a gente tem preferido sempre esperar até o ano virar para fazer acontecer: as listinhas de melhores do mundinho da cultura pop no ano que passou. Ao invés de já começar a soltar isso em novembro, a gente espera janeiro para não deixar passar aqueles últimos lançamentos de dezembro e que, por que não, podem acabar entrando na seleção.
Lá no Pinterest, eu mantenho um board com as capas de TODOS os discos novos que ouvi ao longo do ano. E no Spotify, tem uma playlist sem fim com as melhores 3 ou 4 faixas de cada um destes discos que escutei. Dá lá uma moral.
Lembrando que a lista de melhores filmes tá bem aqui.
Ah! Isso NÃO é um ranking, tá? Os favoritos estão aqui sem ordem definida, propositalmente misturados. Apenas porque sim. Largamos clipes de algumas canções dos discos para ilustrar a matéria, mas obviamente que você DEVERIA procurar os ditos cujos lá na sua plataforma de streaming favorita – ou, se você é da mídia física, quem sabe comprar nos links que indicamos. Se for da Amazon, ainda dá uma ajudinha pro Gibizilla continuar existindo. 😉
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Rio (Meu Funeral)
Justamente aquela que é a minha última descoberta do ano abre os trabalhos aqui – é punk rock, claro que é, mas também é um monte de outras coisas, incluindo até um pagodinho bem do safado (inclusive, adoro). Letras bem-humoradas e espertas, além de uma série de incríveis participações especiais.
The Nameless Cry (Tuatha de Danann)
Este é o Tuatha com as suas características de sempre, isso é óbvio. O DNA tá aqui, mas eles se permitiram explorar uma faceta que coloca mais sombras na abordagem e mais peso nas melodias. É Tuatha folk mas ainda mais METAL. Além disso, as letras ganham contornos menos feéricos e mais políticos. Compre aqui!
Pretty Vicious (The Struts)
O quarteto inglês continua afiado como sempre. A sua sonoridade retrô não conversa com os anos 1970, como uma série de bandas (boas, diga-se) vem fazendo, mas sim com algo mais anos 1980, até. Eles fazem rock divertido, rock com refrão, rock dançante. É rock com sabor meio Queen, com laquê mas bem guitarreiro. Compre aqui!
Devilish (Torture Squad)
Pra mim, é disparado o melhor disco da banda brasileira em muitos anos. A performance da vocalista Mayara Puertas tá absolutamente incrível, com poder nos vocais guturais mas se permitindo explorar canções mais “limpas”. Aliás, a banda toda resolveu que, mesmo sendo um nome consagrado do metal mais extremo, era hora de ousar um tantinho mais. Não sei vocês, mas confesso que eu não tinha imaginado ouvir pianos num disco do TS. Compre aqui!
Electric Sounds (Danko Jones)
Exemplar muito sólido na discografia do trio canadense. Um rock eletrificado bonito de se ouvir, num quase rockabilly que por vezes soa meio Motörhead, em outras ocasiões tem lá um quê de AC/DC. A fusão é do tipo que a gente quer bater cabeça, aos berros, enquanto está dirigindo por uma estrada vazia. Compre aqui!
O Disco (Banda Del Rey)
Enfim chegou o disco de estúdio deste talentoso combo de músicos recifenses, capitaneados pelo querido Chinaina. Eles dão o seu próprio tempero, quase regional, à clássicos não apenas do rei Roberto Carlos (de quem começaram fazendo covers, por isso o nome da banda) mas também de toda uma turma da Jovem Guarda e adjacências. Compre aqui!
Shades of Sorrow (Crypta)
Aquele papo de que “o segundo disco é o grande desafio para que uma banda mostre realmente a que veio” definitivamente funciona para a Crypta. Muito superior ao primeiro (que já era pura lindeza metálica), este novo álbum da banda liderada por Fernanda Lira é uma cacetada death metal que, no entanto, consegue soar belamente acessível. Compre aqui!
Xande Canta Caetano (Xande de Pilares)
Uma das bolachas mais lindas do ano, isso é fato. Xande reveste as canções de Caetano Veloso com um outro significado. A Tropicália dos branquelos abastados da Zona Sul vira um pagode da periferia, numa construção sonora que consegue ser requintada, delicada, doce e ainda assim total e completamente popular, como deve ser. Compre aqui!
Take Me Back to Eden (Sleep Token)
O novo álbum da atual sensação da música pesada não poderia estar de fora desta lista. Os misteriosos mascarados fazem um som envolvente, experimental, esquisito, que flerta com a música pop, com o eletrônico, por vezes até com o soul (JURO!), oferecendo um resultado final absolutamente hipnótico e encantador. Compre aqui!
Six (Extreme)
Eles voltaram e entregaram tudo com aquele hard rock potente que a gente bem sabe que uma banda assim azeitada faz. Mas vão além, porque em nenhum momento soam como se estivessem fazendo cover de si mesmos. O álbum é moderno, dinâmico, contemporâneo. E, ainda assim, impossível de evitar cantar junto. Compre aqui!
Seven (Winger)
Parte do texto relativo ao disco anterior caberia aqui também, mas com o Winger dá pra dizer que a vitória é ainda maior. Um nome que chegou a virar piada no meio, sacaneados abertamente pelo Metallica e pela dupla Beavis & Butt-head, dá a volta por cima de maneira surpreendente, apresentando um disco maduro e melodioso. Compre aqui!
Angus McSix and The Sword of Power (Angus McSix)
O mais puro creme da galhofa espadinha. É uma piada gigantesca, mas daquelas muito bem-executadas, que marca o retorno do vocalista do Gloryhammer só que agora numa pegada quase He-Man, um épico que mistura fantasia e ficção científica. O som é uma farofa divertidíssima, power metal beeeeeeeeeeem melódico e gostosinho, de refrões simples e guitarrinhas cantantes. Não dá pra deixar passar.
2 Make U Cry & Dance (Electric Mob)
Num ano bastante pródigo pro hard rock, esta banda curitibana tinha que estar aqui nesta seleção também. Claro que a gente pode se focar imediatamente na voz brilhante de Renan Zonta, mas o Electric Mob vai mais além e mostra que poderia tranquilamente ser incluído em qualquer festival com os medalhões do gênero – sejam eles suecos ou da Sunset Strip.
Out of the Dark (Wig Wam)
A banda norueguesa – que, apesar de soar como, não é dos anos 1980, mas sim de 2001 – mostra que tem muito mais a entregar com seu belíssimo hard rock farofento e grudento do que apenas AQUELA canção inesquecível da abertura da série do Pacificador (e que com toda a certeza está tocando na sua cabeça AGORA). Compre aqui!
Dance Devil Dance (Avatar)
Estes suecos performáticos costumam dividir opiniões entre os fãs de heavy metal justamente porque evitam ser colocados em rótulos muito fáceis. Do som mais pesado e extremo ao progressivo mais intrincado, passando pelo groove metal sincopado ou pelo hard rock festivo, eles evitam limites – até porque quem tem limite é município. Compre aqui!
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BÔNUS TRACKS
Não deixe de ouvir também dois EPs que saíram em 2023 – “Griô”, do Black Pantera, com as suas primeiras canções em inglês, em busca da mais do que merecida dominação mundial da porra toda; e “Phantomime”, do Ghost (mas isso era ÓBVIO!), que traz covers belíssimos e cheios de personalidade pra canções do Iron Maiden, Tina Turner, Genesis…