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Gaia: O Prelúdio é Crônicas de Nárnia elevado à décima potência

Tendo como base o fantástico mundo de Auroria, um mundo de alta fantasia medieval onde espadas e magia entram em conflito, este RPG nacional oferece um sistema dinâmico e fácil de aprender

Por THIAGO CARDIM


A chamada “alta fantasia” (ou high fantasy, pra quem fala tudo em inglês, of course), aquele subgênero literário e modelo de mundo imaginário popularizado pelo Senhor dos Anéis de J.R.R. Tolkien, está intrinsecamente ligada aos RPGs. Quando a gente vai escolher o sistema da vez, por mais que existam hoje RPGs de praticamente qualquer coisa (de ficção científica a super-heróis, passando até mesmo pela vida mais comum, urbana e ordinária possível), é inevitável deixar de pensar em algum momento nas clássicas ambientações tolkienianas, com seus elfos e anões, orcs e dragões, bárbaros e feiticeiros.

Por isso mesmo, é legal quando a gente tem a chance de experimentar uma alta fantasia com um temperinho ligeiramente diferente. É o caso de Gaia: O Prelúdio, RPG nacional financiado com sucesso via Catarse. O jogo tem como base o fantástico mundo de Auroria, um mundo de alta fantasia medieval onde espadas e magia entram em conflito. Este mundo é repleto de criaturas místicas, seres que viajam entre os planos e acabam adentrando no plano físico de Auroriapor acidente, assim, criando diversas tramas e aventuras para aqueles que buscam uma longa jornada.

Auroria é, não por acaso, também o nome do estúdio criado em 2019 pelo diretor e idealizador do projeto, Willy Vieira, game designer independente que descreve Gaia: O Prelúdio de uma forma muito curiosa: “Pegue a franquia As Crônicas de Nárnia por exemplo, agora eleve a décima potência em questão de misticismo do cenário, bum, temos Gaia: O Prelúdio”, explica ele, em entrevista exclusiva pro Gibizilla. Nascido em 2014, Gaia era o sonho de um bando de amigos que, com o crescimento dos crowdfundings, encontraram ali a chance de fazer a parada acontecer de fato.

Abrindo as portas de Auroria


O mundo de Auroria possui seis grandes continentes, cada um com suas características únicas, como o escaldante Deserto de Ak’dala, no continente de Krabesh; as praias e a floresta tropical mística de Aenolia ou até mesmos as brumas que protegem e resguardam o continente misterioso de Narzepion.

“Em Auroria, todo ser possui o Véu, uma força mística que faz com que cada ser possa realizar feitos únicos, seja um soldado treinado que desperta forças magicas para enfrentar os seus inimigos; um caçador que enfrenta as criaturas do mundo com os seus companheiros ferais que tem os seus poderes aprimoradas pelos seus encantamentos; ou até mesmo um poderoso conjurador que molda o Véu a sua vontade e traz o caos e a destruição a todos aqueles que o cercam”, explica Willy. “O uso do Véu e de forças místicas é um tabu em Auroria, sendo odiada e repelida por uns, e abraçada e cultuada por outros”.

Os criadores têm a visão que Gaia: O Prelúdioé uma releitura moderna dos sistemas clássicos de fantasia medieval. “Não fugimos da essência básica do RPG, mas sim, trazemos uma nova proposta, moderna, simples e rápida de ser aprendida e jogada, seja nas regras, nas mecânicas do sistema como na experiência do jogador e do narrador, que conseguem focar muito mais na história a ser contada ao invés de se basear em um manual longo e cansativo”, conta ele. 

Gaia: O Prelúdio
Gaia: O Prelúdio

Falando de sistema…

A ideia de Gaia é, diferente do que se vê costumeiramente por aí, fugir da adaptação em código aberto das regras do Dungeons & Dragons. O jogo brasileiro utiliza como base o dado de doze faces/lados (d12) – e com base em seus Parâmetros, você jogador compete contra o seu inimigo, em um embate de dados. “Quem possuir o maior valor em sua rolagem, vence, assim sendo dinâmico e não necessitando apenas de um valor fixo para você acertar um alvo, por exemplo”.

Além disso, existem os Conhecimentos, que são as especialidades do seu personagem, que não são necessariamente atreladas ao seus Parâmetros de combate, fazendo com que cada personagem possa ser criado de forma única. “Sem essa de bárbaro tolo, por exemplo? O meu por exemplo é um exímio mestre nas artes místicas e ao mesmo tempo um navegador!”, diz Wily.

Em Gaia: O Prelúdio, você também possui um sistema de Caminhos de Combate, onde não se fixa o jogador a uma “classe”, mas sim, a um modelo onde o PC consiga criar a sua própria ideia dentro de um sistema de escolha de habilidades, tornando cada personagem único. “Bom, sabe o meu bárbaro ali? Ele também conjura vinhas do chão que prendem os seus inimigos…”.

Mas quem joga?

No fim, todo mundo. Segundo Willy, “Gaia: O Prelúdio” é para todos, sejam eles veteranos do RPG ou novos entrantes. Para novos jogadores de RPG, Gaia: O Prelúdiooferece um sistema dinâmico e fácil de ser aprendido, sem regras complexas que atrasam a experiência e fazem com que sessões sejam cansativas”. Já para quem está no rolê há mais tempo, ele aposta no conceito híbrido de criação de personagens perfeito para os combeiros de plantão. “Além de oferecer um sistema não linear de habilidades ao evoluir, você poderá também aprimorar as suas próprias habilidades, tornando ainda mais únicos os seus personagens”.

No fim, no entanto, uma coisa chamada DEMAIS a atenção no projeto: o visual de Gaia parece LINDÍSSIMO. Sabemos que, geralmente, os projetos nacionais de RPG ganham forma também em outras plataformas até para ajudar as pessoas a se acostumarem com a ambientação daquele novo mundo. Será que ele pensam em algum desdobramento do tipo, como HQ, animação, algo assim?

“Esse é um sonho de toda a Auroria Game Studio, ir além do RPG, talvez levar o Gaia para uma série animada ou até mesmo um jogo eletrônico”, confessa Willy. “Mostrando ainda mais para a comunidade todo esse universo fantástico que estamos criando há tantos anos, tornando esse sonho coletivo em realidade”.

Para saber mais, acesse o Instagram oficial do projeto e baixe neste Drive oficial os primeiros materiais públicos do jogo.