Wakanda Para Sempre em dois vídeos e dois podcasts
O segundo filme do Pantera Negra é uma devida homenagem ao ator Chadwick Boseman ou apenas sofre com a sua falta? A gente analisa Wakanda Para Sempre em quatro atos diferentes
Por THIAGO CARDIM
Até que enfim está se concluindo a tal Fase 4 do universo cinematográfico da Marvel, o popular MCU – e chega ao fim justamente com o potente e emocional Wakanda Para Sempre (Wakanda Forever), o segundo filme do Pantera Negra. Mas, apesar de muita gente ter se acostumado a chamar o dito cujo de Pantera Negra 2, estamos falando de uma produção muito mais sobre o buraco que T’Challa (e, obviamente, o seu intérprete, o ator Chadwick Boseman) deixou no mundo do que sobre o mito do Pantera Negra em si. A questão sobre quem vai ser o novo Pantera Negra (ou, no caso, a nova) chega a ser quase irrelevante, porque se tratava de um dos segredos mais mal guardados do cinema recente… e tá tudo bem.
Wakanda Para Sempre é um filme sobre o luto. É uma história sobre adeus, na frente e por trás das câmeras. Mas também é uma história sobre Wakanda. Mais do que ecoar o grito de guerra que ficou tão conhecido na primeira produção, o “Wakanda Forever” do título reforça que este elenco é um dos mais sólidos, em termos de coadjuvantes, de todas as produções da Marvel nos cinemas. Se você conseguir deixar um pouco de lado o fato de que a atriz Letitia Wright é antivaxx, vai perceber que, mesmo assim, a sua Shuri tem pouca força para o papel de protagonista DE FATO. Mas aqui, fica claro o que significa Wakanda Para Sempre com as presenças sólidas de Okoye (Danai Gurira), M’Baku (Winston Duke), Rainha Ramonda (Angela Bassett), Nakia (Lupita Nyong’o)… Eles são o reino do Pantera Negra. Aliás, eles todos SÃO o Pantera Negra. Porque eles são Wakanda.
Mas Wakanda Para Sempre acerta igualmente na sua descrição sobre quem é Namor (Tenoch Huerta, simplesmente sensacional) e, mais do que isso, sobre o reino que ele representa. Enquanto Wakanda é a potência da negritude encarnada, a Atlântida transformada numa Talokan lindíssima e repleta de referências astecas é a latinidade espalhada em tela. E enquanto o espectador chega querendo entender por que Namor ataca Wakanda, logo ele percebe que os dois lados, na verdade, lutam igualmente para sobreviver em meio ao preconceito, trazendo paralelos fundamentais com o mundo real, para muito além de Wakanda e Talokan e mais próximos é da esquina da sua casa mesmo. Se você ainda é do tipo que se pergunta quem é o vilão de Wakanda Para Sempre, vai chegar ao final da projeção sacando que a resposta é bem mais subjetiva do que parece.
Claro, sabemos que não é um filme perfeito, à prova de balas. Sabemos que tem suas questões, sabemos que SIM dividiu opiniões, o que é absolutamente natural. Teve gente que ODIOU do fundo do coração, teve crítico que esbravejou aos quatro cantos que é o último prego no caixão da Marvel, coisa e tal. Mas mais do que fazer uma resenha “comum”, a gente quis aqui é trazer outros olhares para entender Wakanda Para Sempre sob pontos de vista diferentes, inclusive pra quem JÁ VIU o filme. Então, se você quer sair daquelas mesmas discussões de sempre, dedique um tempinho da sua vida a assistir estes dois vídeos do YouTube e depois ouvir dois podcasts sobre o tema. Não é só porque é a nossa turma envolvida no rolê, mas garantimos DE VERDADE que vai valer a pena.
A Hora Suave – o nosso querido Roberto Segundo faz uma resenha em vídeo com o coração no lugar certo <3
CinemaAqui – nossos chapas #Familia013 chamaram a querida Yasmine Evaristo para dissecar acertos e erros da trama…
Imagina Se Pega no Olho – Wakanda Para Sempre é um legítimo representante do afrofuturismo e, por isso, eu e a Gabi chamamos o escritor Alê Santos para discutir uma expressão artística repleta de política
Fala, Animal! – pra completar, o Leo Vicente, popularmente conhecido como Buddy, chamou o Segundo e euzinho pra falar a respeito do filme