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5 bandas do Knotfest Brasil que você deveria conhecer

E, antes que o leitor mais atento pergunte, NÃO, não são aquelas que todo metaleiro já sacaria de imediato quais são… 😉

Por THIAGO CARDIM

Nos próximos dias 19 e 20 de outubro, o Allianz Parque, em São Paulo, recebe a aguardada edição 2024 do Knotfest Brasil – a versão brasileira do festival musical devidamente capitaneado pelo Slipknot. Enquanto este ano, obviamente, não apenas a celebração de 25 anos de carreira da atração principal de ambas as noites mas também a entrada da nossa joia brasileira, o batera Eloy Casagrande, prometem ser os principais atrativos, é importante lembrar que os dois dias têm ótimas bandas no line-up.

Mudvayne, Amon Amarth, Meshuggah e Dragonforce no sábado, enquanto as sensações Bad Omens e Babymetal brilham no domingo, ao lado do veterano Till Lindemann (vocal do Rammstein). Isso sem falar nos brasileiros Ratos de Porão, Black Pantera, Kriziun, Korzus, Project 46… Muita coisa legal. Mas a gente aqui queria ir um pouco além. E te apresentar cinco nomes escalados que não necessariamente são assim tão conhecidos da turma que curte um rock mais pesado. E que merecem sim que você chegue mais cedo e dê uma moral pras apresentações deles, ao invés de ficar focado só nos medalhões.

Se liga aqui nas nossas indicações e já coloca estes sons na sua playlist. 🙂

ORBIT CULTURE
Embora executem o que dá pra descrever claramente como aquele death metal melódico da clássica escola sueca, a banda – fundada em 2013 – também dialoga bastante com o groove metal de um Pantera da vida. Este ano, depois de uma trajetória em selos independentes, fecharam com a tradicional gravadora metálica Century Media, que em comunicado oficial descreveu o grupo como “uma das maiores novas bandas de metal no mundo”.



KRYOUR
Este quarteto brasileiro iniciou os trabalhos também numa pegada que conversa bastante com o death metal melódico da cena de Gotemburgo, mas jamais deixaram a marca do metalcore de fora de sua sonoridade. Após uma breve interrupção de atividades ao longo da pandemia, mudaram um pouco a formação e trouxeram mais elementos eletrônicos e inclusive alguns flertes até mais pop à sua música, numa fase coroada pelo recente EP “Creatures Dwell My Room”.




POPPY
A americana Moriah Rose Pereira, que atende pelo apelido de Poppy, é mais do que apenas cantora – porque também tem trabalhos como atriz e, além disso, atua como YouTuber (descrita como uma mistura de Andy Warhol, David Lynch e Tim Burton). Com apresentações bastante performáticas, de inegável apelo visual, ela mescla sonoridades mais pesadas de diferentes vertentes do metal com um quê de J-Pop, por exemplo. Estar no mesmo dia do Babymetal faz bastante sentido, rs.



PAPANGU
Um petardo monstruoso, diretamente de João Pessoa, na Paraíba. Carregando o nome de um personagem mascarado que é considerado o anfitrião do Carnaval pernambucano, o sexteto presta reverência aos sons do Nordeste, entre forró e maracatu, mas tudo devidamente misturado com o peso brutal do black metal, a psicodelia do stoner e o exímio talento instrumental e as improvisações do jazz fusion. Vira um verdadeiro desfile que vai da MPB ao rock progressivo.



THE MÖNIC + ESKRÖTA
Aqui, a gente roubou no jogo mas, como a apresentação das duas bandas vai ser em conjunto no festival, nada mais justo do que indicá-las como um combo de peso e fúria genuinamente nacionais, que têm mais em comum do que apenas a trema no nome. Reeditando o show que as duas fizeram no Rock in Rio deste ano, temos uma mistura no palco de um grupo entre o acelerado e o melódico, entre o dançante e o punk rasgado, como faz a The Mönic, e o crossover thrash e hardcore sem concessões e politicamente engajado da Eskröta. Promete.

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