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#tbt 5 perguntas pra Eloy Casagrande

Agora que o baterista brasileiro tá na CRISTA DA ONDA por conta do Slipknot, fomos buscar um papo rápido e ligeiro que tivemos com ele justamente quando foi anunciado como o dono das baquetas do Sepultura

Por THIAGO CARDIM

Anos atrás, depois do fim do icônico site A ARCA, este sujeito teimoso que vos escreve decidiu que não ia conseguir ficar parado e, ANTES de assumir o papel de editor no JUDÃO, continuou escrevendo sobre cultura pop em seu próprio blog. Nascia ali um tal de Observatório Nerd (que hoje é meramente um repositório do Gibizilla e dos podcasts Imagina no Blogger), onde eu fazia pequenas resenhas, comentava notícias sobre cinema, séries, quadrinhos e música, além de fazer entrevistinhas curtas.

Em 2012, quando rolou toda a movimentação da saída de Jean Dolabella e a entrada de Eloy Casagrande no Sepultura, eu acionei alguns contatos antigos e consegui bater um papo com o músico, na época com meros 21 anos. Eu já o conhecia, menos pelo desempenho nas baquetas do Gloria e mais pela performance brilhante na banda solo do maestro Andre Matos, ao lado de quem gravou o disco Mentalize (2009).

De lá pra cá, o mundo deu muitas voltas – o JUDÃO acabou, o Gibizilla nasceu, o Eloy gravou três discos com o Sepultura (incluindo Machine Messiah e Quadra, dois dos mais potentes exemplares da discografia da banda), foi eleito um dos maiores bateristas do planeta e hoje está sentado no banquinho do Slipknot.

Mas, no momento em que os fãs brasileiros esperam ansiosamente pela chance de ver o Eloy como atração principal dos dois dias do Knotfest Brasil, que acontece nos dias 19 e 20 de outubro em São Paulo, no Allianz Parque, achei que ia ser divertido resgatar estas cinco perguntinhas, para que a gente possa olhar para o passado e entender como chegamos até aqui.


1) Eloy, vamos ser honestos: já não te deu no saco este papo de ficar sendo tratando como “menino-prodígio das baquetas”? Como fazer os auto-proclamados críticos de música entenderam que você cresceu… rs?

Eloy: hahaha… tocando! Não há maneira melhor de mostrar o meu valor, o meu talento, a minha importância.


2) Sentar no banquinho que outrora foi de um sujeito como Iggor Cavalera te intimidou de alguma forma?

Eloy: Sim, claro! O primeiro baterista do Sepultura é um ícone sempre, conhecido e respeitado mundialmente, o cara já foi uma influência para mim e tenho máximo respeito por ele! E depois pelo Jean, que também é um outro monstro. É muita responsabilidade de assumir este posto e acredito que estou dando conta do recado muito bem. A banda me recebeu muito bem, acreditou no meu trabalho, tenho total confiança dos músicos, da equipe, do management, e assim me sinto muito confortável para dar o meu melhor e honrar o nome do Sepultura.


3) E a recepção dos fãs, tanto ao vivo quanto nos recônditos da internet? Você sente algum tipo de pressão numa banda o tempo todo envolta em boatos sobre o retorno da formação clássica, com os brothers Cavalera?

Eloy: No começo foi pressão total! Eu já esperava que os fãs se manifestassem pelo fato da minha idade, mas o palco está sendo dia-a-dia a resposta do meu trabalho para os fãs e acho que todos estão na expectativa para o material novo. Quanto ao lance dos irmãos, o Sepultura já deixou mais do que claro em entrevistas e declarações que não vai acontecer.


4) Para você, que já tocou um estilo mais power metal ao lado do Andre Matos e com uma pegada um pouco mais melódica ao lado do Glória, foi difícil entrar no esquema mais thrash/porradeiro do Sepultura? Ou foi justamente a diversidade de experiências que acabou te ajudando?

Eloy: Penso que todos os músicos sempre devem estar preparados para qualquer tipo de gig, a oportunidade aparece e você só tem uma chance. Sempre fui muito fã de metal, thrash…. escutava Sepultura antes e já sabia tocar algumas músicas. Quando me chamaram para o teste, eu não ia começar algo do zero, eu já tinha uma bagagem.


5) Entrando de vez nesta rotina das turnês internacionais, justamente no ano em que o Sepultura, uma das mais importantes bandas do planeta, participa de todos os principais festivais…Você acha que chegou onde queria ou ambiciona ainda mais? O que você ainda sonha fazer em termos de música?

Eloy: Eu quero sempre somar aonde estou. Quero cada vez mais que o Sepultura alcance novos patamares e ganhe novos fãs! Não vejo a hora de lançarmos material novo! Quero colocar um pouco da minha cara nesse novo material e somar musicalmente à banda. Sonho em sempre estar fazendo o melhor de mim para a música e passar isto da forma mais honrosa para o mundo

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